Que Evangelho é Esse?
Pr. Renato Vargens
Boa parte das mensagens pregadas nos púlpitos das igrejas evangélicas no Brasil, nos apontam o quão adoecidas se encontram nossas comunidades. Isto porque, as pregações de muitos dos nossos pastores tem sido rasas, sem substância, empobrecidas teologicamente, cheia de modismos, unções, decretos e comportamentos judaizantes. Junta-se a isto, o terrível fato de que vivemos numa época onde a "gospelização da fé" se faz presente em cada canto deste país.
Em nome do "gospel", muita gente tem vivido a vida nababescamente, ganhando milhares de reais, mercadejando a palavra da verdade. Assusta-me o fato de que alguns, em nome de uma espiritualidade cristã tem cobrado verdadeiras fortunas pra "ministrar" nas igrejas aquilo que pensam ser louvor e adoração.
Em nome de Deus e para Deus, tem gente, cobrando 5, 6 até 12 mil Reais por "ministração"! Ora, isso é uma aberração! Em um país de gente miserável e pobre, a igreja em vez de saciar a fome daqueles que anseiam por justiça e comida, comercializa a fé? Pra piorar a coisa, já existem pastores cobrando pra pregar o Evangelho da Salvação eterna.
Que Cristianismo é esse? Que evangelho é esse? Ora, esse não é o cristianismo e nem tampouco o evangelho da Bíblia, e sim o evangelho que alguns dos evangélicos fabricaram! Infelizmente, a Igreja deixou de ser a comunidade da palavra para ser a comunidade da música descompromissada, repetitiva e extravagante! Triste não?
Ah! que saudade! da boa música, ministrada, cantada, com unção, cujo interesse era simplesmente engrandecer o nome de Deus!
Parece que nos últimos anos, a igreja brasileira se perdeu no caminho em direção ao trono da graça. Isto porque, as letras de algumas das nossas composições , são empobrecidas teologicamente, simplistas e sem óleo. Junta-se a isso, a ausência de oração, busca de Deus, consagração e compromisso com a Palavra .Pra piorar, os meios de comunicação evangélicos tornaram-se amplamente manipuladores do povo de Deus imprimindo na mente de gente simples, valores que com certeza não são valores do reino.
Diante disto tudo, sou obrigado a confessar que prefiro não ouvir rádio evangélica. Não estou de forma nenhuma desfazendo deste veículo de comunicação, até porque, sei da importância dos meios de comunicação em massa, e louvo a Deus por termos alguns destes em nossas mãos, entretanto, prefiro ouvir bons cds de gente que com certeza está compromissada com evangelho, do que dedicar o meu precioso tempo a programações que manipulam a fé do povo de Deus.
Meus amados, a situação anda tão deprimente que já existe fã-clube de artista gospel. Sei ainda de algumas histórias de cantores que precisam de segurança pra andar em lugares públicos. Ora irmãos, mais uma vez eu pergunto que evangelho é este?
Ah! que saudade do tempo em que se cantava e entoava cânticos por missão! Reflitamos irmãos com sinceridade, será que a igreja evangélica está preocupada com a glória de Deus?
Ah, meu amigo, confesso que não agüento mais a efervescência da graça barata, o mercantilismo gospel, a banalização da fé. Não agüento mais, as loucuras e os atos proféticos feitos em nome de Deus, não suporto mais o aparecimento das mais diversas unções em nossos arraiais; isso sem falar da hieraquirzação do reino, onde apóstolos, paiostolos, príncipes e reis, tem oprimido substancialmente o povo do Senhor
Chega! Basta! Quero viver e pregar o evangelho integral, quero ver uma igreja, santa, ética, justa e profética, quero ver uma igreja, que não se corrompe diante loucuras dessa era, quero ver uma igreja reformada e reformando, quero ver uma igreja verdadeiramente PROTESTANTE!
Sole Deo Gloria!
Maravilhosa reflexão! Ah, se em todos os blogs a mensagem fosse tão profunda assim...
ResponderExcluirGraças a Deus que ainda existem servos que se preocupam em semear a Palavra e desmascarar os falsos ensinamentos atuais!
Que todos nós possamos ter um compromisso sincero e fiel, não com o homem, mas com Deus - Aquele que nos separou e escolheu como servos e filhos.
Deus te abençoe Irmã Debora, as suas palavras são as minhas.
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